sexta-feira, 18 de março de 2016

Uma oportunidade a não perder!



Às vezes Espinho parece parar no tempo. Mas só às vezes!
De resto, tudo dentro da normalidade e dos padrões de protesto dos seus habitantes que, obviamente, querem, esperam e desejam mais. Eu sou um deles.
Valerá a pena recordar que temos equipamentos per capita como nenhum outro concelho.
Valerá a pena lembrar que temos uma qualidade de vida acima da média.
Então, valerá a pena reivindicar? Sim, claro. Queremos mais!
O PDM que agora se apresenta pode ser um factor de mobilização, dinâmica e empreendedorismo que há muito não se via por estas bandas.
Vamos lá Espinho. Convicção, precisa-se!
A. Correia de Araújo

segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Alguém que se explique...

 

Os paramenses precisam de saber por que razão esta promessa de 2001 nunca foi cumprida!
Passaram-se 12 anos e "alguém" terá de se explicar! Cumpriram-se três mandatos autárquicos e nesse "alguém" só cabem o PS (2 mandatos) e o PSD (1 mandato). Graduando culpas ou responsabilidades, atribuiria 2/3 ao PS e 1/3 ao PSD... mas, para quê, pergunto eu? A culpa, como sempre, morrerá solteira!

Poder Económico vs Poder Político

 
Quando o poder económico se sobrepõe ao poder político está o caldo entornado, dirão uns!
Outros, porém, entendem que ambos podem conviver legítima e ordeiramente.
A meu ver há momentos em que a intervenção do poder económico é legitima, direi antes, está legitimada por razões que a justificam... uma pressão ali, outra acolá, penso que não será por aí que virá mal ao mundo.
Vem isto a propósito de um exercício mnemónico e de perspicácia política que sempre gosto de fazer em vésperas dos actos eleitorais autárquicos em Espinho. Esse exercício consiste em olhar atentamente para a primeira página do Jornal mais lido na nossa praça precisamente na semana que antecede o acto eleitoral... e assim é de 4 em 4 anos. Redobro atenções e, antenas no ar (salvo seja!), farejo (outra vez salvo seja!) o que de peculiar me chama a atenção.
Em 2001, por exemplo, esta notícia/entrevista na semana das eleições (foto) pôs literalmente os cabelos-em-pé a Luís Montenegro, cabeça-de-lista à Câmara Municipal pelo PSD, por entender, na altura, que havia claro favorecimento a José Mota.
Do mesmo se havia queixado, oito anos antes (em 1993, portanto), o candidato do PSD, Coronel Gaioso Vaz, porque a maior Entidade Empregadora do concelho tinha procedido a uma série de despedimentos colectivos por altura das eleições autárquicas, penalizando um PSD que, então no Governo, agonizava na recta final dum cavaquismo, para mim, de má-memória.
Parece, no entanto, que há 4 anos as razões de queixa se transferiram para o outro lado e, desta feita, foi o PS que se sentiu civilizadamente prejudicado.
Para este ano... a ver vamos! Estejam atentos!

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

sábado, 20 de novembro de 2010

Duas notinhas apenas


1. Que sirva de exemplo

Nuno Cardoso, ex-presidente da Câmara do Porto, absolvido no caso do Plano de Pormenor das Antas, quer agora saber os negócios que "anda a fazer" Rui Rio, seu sucessor na autarquia portuense. À saída dos Juízos Criminais do Porto, o ex-autarca mostrou-se magoado e indignado pelos 10 anos em que a sua honra foi posta em causa, acusando ainda Rui Rio de gerir a Câmara do Porto como um mero contabilista.
De facto, Rui Rio abraçou os seus mandatos sempre de forma belicista e contundente, começando desde logo com o famigerado Plano de Pormenor das Antas (PPA). Seguiu-se outra guerra, desta feita a propósito dos terrenos do Parque da Cidade e da possibilidade de construção na frente urbana da Avenida da Boavista. Sucederam-se outros mais processos numa extensa lista em que Rui Rio foi saindo perdedor e, com ele, a própria cidade do Porto.
Em lugar duma atitude positiva e pró-activa, agarrando o futuro com determinação, Rui Rio optou por olhar sistematicamente para o passado, negando e renegando acordos, protocolos e tudo o mais que vinha do tempo do seu antecessor. Foi assim que deixou cair a proposta para a construção duma ponte pedonal entre Porto e Gaia, o mesmo em relação ao teleférico que ligaria as duas margens do Douro, num acordo celebrado à época entre Nuno Cardoso e Menezes. O teleférico, esse, acabou agora de ser construído e será brevemente inaugurado, mas apenas do lado de Gaia.
Assim, destes já longos anos que leva à frente dos destinos da Invicta, Rui Rio ficará conhecido pelas “obras” que não deixou construir, pelos acordos que rompeu, pelas casas e bairros que mandou demolir, pelo desprezo em relação à maior Instituição da cidade ou, tão-só, pelas pelejas que protagonizou em torno do Plano de Pormenor das Antas, do Parque da Cidade ou do Rivoli.
Não se lhe conhece uma ideia para a cidade, nem obras marcantes ou emblemáticas! Entretanto, a cidade do Porto definha, agoniza e reclama urgente intervenção! Perde população dia após dia… perde a oportunidade de reabilitar o seu Centro Histórico, Património Mundial da Humanidade… perde protagonismo… perde, enfim, uma década de história!
Cá, por Espinho, passado que está o primeiro ano do mandato autárquico 2009-2013, será bom que os decisores políticos locais olhem na direcção do futuro.
Recalcamentos em relação ao passado recente, censura permanente à obra anteriormente feita ou desdém pelos equipamentos que lhes foram colocados à disposição, habitualmente apelidados de “elefantes brancos”, são práticas ou atitudes que não levam a lado nenhum… e então quando, desmentindo categoricamente essas tretas, aparecem uns tais de “Ernestos”, apetece mesmo dizer: que jeito dão esses ditos elefantes!

2. Sim, carinho!

Menezes explicou como cativa os presidentes de Junta que não são da sua cor política. A plateia ouviu e gostou!
Claro que os actuais responsáveis autárquicos espinhenses sabem muito bem como isso se faz. O plano até já está em marcha. É notório!
Mas nada disto seria preocupante não fora o facto de, na política como em quase tudo, a memória ser um singular e inestimável bem, sem o qual não é possível adquirir, armazenar e recuperar informações.
Pois bem! Eu, que até sou um homem de memória, e com memórias, passo a (re)lembrar 2005.
Nesse ano, os presidentes das Juntas de Freguesia de Espinho e de Guetim eram, respectivamente, António Catarino e Alfredo Rocha. Estes dois autarcas acabariam por concorrer em listas independentes já que o PSD de Espinho não os recandidatou, porque não lhes perdoou o facto de terem sido durante anos “acarinhados” pelo presidente da Câmara, o socialista José Mota.
Hoje, em 2010, os nossos edis procuram fazer exactamente o mesmo: acarinhar os presidentes de Junta que são de cor política diferente.
Ou não há memória… ou não há coerência… ou não há uma coisa nem outra!
Afinal, José Mota até tinha razão… e foi pioneiro nesta matéria. Agora, só têm mesmo que lhe seguir o caminho!
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Opinião de Correia de Araújo
in "Defesa de Espinho" de 18/Novembro/2010

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Estranho... ou talvez não!

José Luis Peralta escreve, com todas as letras, que há um completo e absoluto controlo, compra objectiva e escandalosa de toda a informação e comunicação social, em Espinho.

Estranha-se que não tenha surgido qualquer desmentido ou tomada de posição sobre tão graves declarações.

Pois é... quem cala consente!... E, pelos vistos, a comunicação social espinhense calou-se e, consequentemente, consentiu.

Para nós, está percebido!

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

Afinal... a montanha pariu um rato!



Tínhamos manifestado alguma perplexidade em relação à tão badalada auditoria.

Das três hipóteses (ou... ou... ou... ) que na altura colocamos em cima da mesa, confirmou-se a segunda: «Ou afinal não havia o tão propalado e gigantesco "buraco financeiro" (tipo o de Gaia, por exemplo)... e era, tão-somente, um "buraquinho"

Pois é! A montanha pariu um rato... e a afirmação até nem é nossa, é sim do vogal comunista da Assembleia Municipal, Jorge Carvalho.

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Auditoria para que te quero...

Quase 8 meses depois da anunciada auditoria às contas da Câmara Municipal de Espinho... Nada! Nicles! Népia! Niente!
Das três, uma! Ou... ou... ou...
1. Ou trata-se da mais prolongada auditoria feita até hoje, digna de figurar no livro do "Guinness World Records", porque bem mais demorada do que aquelas que são feitas a Entidades, Instituições e Empresas de incomensurável complexidade e dimensão... ainda por cima, no caso vertente, tendo em conta que estamos a falar de uma das mais pequenas Autarquias do país.
2. Ou afinal não havia o tão propalado e gigantesco "buraco financeiro" (tipo o de Gaia, por exemplo)... e era, tão-somente, um "buraquinho".
3. Ou, pura e simplesmente, não se encomendou auditoria nenhuma.
Adivinhe quem quiser...

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Perigo: medusas azuis

Texto recebido por e-mail, cuja fiabilidade desconhecemos... ainda assim aqui fica em jeito de advertência.

"Aviso à navegação pedestre.
Depois de dois meses de tempestade hoje fui dar uma volta pela praia e o que vi na rebentação deixou-me a pensar.
Vi uma linha de rebentação constituída por minúsculas patas de caranguejo, o mar a comer a praia, e acima de tudo (o motivo que me faz escrever este pequeno texto) duas "caravelas portuguesas" mortas, mas ainda frescas.
Sabem o que é isso? Caravelas Portuguesas? Bem. É apenas uma modesta medusa azul extremamente tóxica. Se virem alguma não lhe toquem. Mesmo morta o seu tecido mole morde como uma serpente, e as marcas que deixa na pele são definitivas - tatuagens indesejáveis. A dor é indescritível, e se for uma criança a manuseá-las pode morrer envenenada.
O que me deixou a pensar é que essas criaturas vivem a milhares de quilómetros da nossa costa, portanto: o que é que estas fazem aqui?
São medusas de água quente, da Austrália, Califórnia... Quando surgem nas praias estas são fechadas ao público e consideradas mais perigosas que tubarões a deambular na área.
Meus amigos. O tempo está a melhorar e os passeios à beira-mar tornam-se apelativos à descontracção. No entanto se virem criaturas como estas limitem-se a olhar e sigam à vossa vida: conselho de um amigo.
Agora vejam o aspecto que têm."
(ver fotos)

quarta-feira, 17 de março de 2010

Parabéns S.C.Espinho!



A inauguração do "Parque Desportivo das Camadas Jovens do S.C.Espinho" vem demonstrar, uma vez mais, que este Clube quase centenário vem continuando a trabalhar, dias após dia, em prol do engrandecimento desportivo do concelho de Espinho.
A viver com as dificuldades que, infelizmente, são inerentes e tranversais a quase todas as colectividades, o S.C.Espinho tem sabido resistir com bravura e dignidade.
Atenção... e cuidado(!), porém, com as palavras do presidente da Câmara: ...vamos procurar manter as verbas devidas pelo contrato-programa (vídeo, minuto 10) ...a Câmara Municipal de Espinho tem cumprido com o contrato-programa, participando e pagando, a tempo e horas, até à data (vídeo, minuto 10,30).
Atenção, portanto, à expressão ... até à data.

domingo, 7 de março de 2010

De mangueira na mão...


Melhor! De agulheta na mão, a limpar o passeio junto à sede da sua candidatura, o agora presidente da Câmara foi (“foi”, a expressão está correcta) insistentemente lembrando que Espinho era uma cidade suja, a precisar de melhorar, e muito, o seu nível de higiene e limpeza urbanas.
De então para cá… nota-se, e bem, a diferença!
As imagens, captadas na passada sexta-feira, deixam perceber que os contentores do lixo estão a abarrotar… e assim continuam até hoje, domingo!
Diferenças? Sim, para pior!

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Estranho amor...

Há sensivelmente duas semanas, mais coisa, menos coisa, fui “aconselhado” por um presidente de Junta a ter calma, sugerindo-me que concedesse tempo-ao-tempo e não desatasse para aí a escrever em desfavor desta Câmara. Retorqui… e disse-lhe, quanto me era dado recordar, que apenas tinha redigido um pequeno texto em jeito de “pedido” ou “apelo”, imediatamente após a tomada de posse deste executivo, cujo título “ambição, precisa-se!” falava por si só.
Acredito que na génese desta abordagem estivesse subjacente a ideia de que eu me preparava para, a breve trecho, avançar com um escrito sobre os cem dias deste executivo.
Não! Nunca iria por aí, até porque sou daqueles que não acreditam nessa lengalenga do “balanço” de cem dias de governação, ciente, como estou, que esta é uma Câmara ainda “sem dias” e, portanto, sem história. Ademais, neste mesmo jornal esse trabalho já foi parcialmente feito, e digo parcialmente porque, salvo melhor opinião, esse inventário dos cem dias carecia do “contraditório”, ouvindo-se, igualmente, a oposição.
Porém, o que me traz hoje à liça é algo bem diferente, e prende-se com as recentes declarações de Marco António Costa, líder da distrital do Porto do PSD – acrescente-se, a maior distrital do país –, onde este refere a existência de “militantes que preferem que o PSD perca eleições, para eles não perderem o controlo do partido”. Meu Deus! Isto é de uma gravidade atroz!
Partido que se preze convocaria, de imediato, o presidente da distrital para que este, junto dos órgãos competentes, esclarecesse que (maus) militantes eram esses, seguindo-se o adequado e inerente procedimento disciplinar. Expulsão? Talvez! Por bem menos que isso já foram alguns expulsos e, como se escrevia há dias neste jornal, “todos sabemos que por vezes as expulsões deixam mágoas”. Sim, é verdade! Que o digam todos aqueles para quem, mais do que o acto meramente técnico e formal da expulsão, pesou sobremaneira a falta de justeza e de probidade na decisão.
Este Partido continua refém da intriga, da maledicência e até da traição. Até mesmo Sá Carneiro, fundador do PPD/PSD e o mais proeminente de entre todos os seus dirigentes, foi vítima dessa malfadada trilogia. A máquina partidária vai triturando os seus líderes um-a-um, a fazer lembrar um Benfica não-muito-distante com todos aqueles treinadores que por lá passaram. E agora que começa mais uma campanha eleitoral interna para a escolha de um novo líder, mais um(!), já se pressente a pequena picardia, o velho mexerico e a mais que previsível digladiação entre os diversos candidatos desta “balcanização” anunciada, num Partido que é, por si só, recordista absoluto no número de congressos e de líderes… e, já agora, de candidatos a líderes.
Não se pense que escrevo estas linhas com satisfação. Bem pelo contrário!
O país precisa de um PSD forte! O país reclama-o! Mas não este PSD, feito de contradições e desmandos. Um Partido onde a teoria não liga com a prática, onde o que se diz não é o que se faz, enfim, um Partido de trapalhadas e completamente à deriva num pântano de incoerências.
Exemplos? Sim, posso dar alguns! Sem pretender “esmiuçar” os tais cem dias da nova gestão autárquica e, ainda menos, sem desejar “atacar” a Câmara, fico-me aqui mesmo por Espinho e por algumas incongruências traduzidas em outras tantas interrogações.
Que Partido é este que na oposição reclamava uma diminuição nas taxas do IMI e da Derrama, sugerindo até ao anterior executivo que usasse a imaginação para obter novas receitas, e hoje mantém tudo igual porque nem tem imaginação nem baixa as taxas?
Que Partido é este que tanto se indignou quando o anterior presidente da Câmara alterou as reuniões do executivo, passando-as de semanais para quinzenais, e agora com oportunidade de voltar à fórmula anterior, isto é, retomar a periodicidade semanal, optou por deixar tudo na mesma?
Que Partido é este que via como uma “perigosa colagem” o bom relacionamento entre o executivo municipal e os presidentes de Junta de cor política diferente, e hoje segue exactamente pelo mesmo trilho político?
Que Partido é este que anteriormente reiterava a necessidade ou indispensabilidade da presença do presidente da Câmara, em todas as reuniões da Assembleia Municipal, mas agora já não vê nisso um problema ou uma prioridade?
Que Partido é este que na oposição tanto criticou a política lúdica da autarquia em relação à terceira idade, designadamente quanto aos famosos “passeios para idosos”, e vem agora dizer que afinal é tudo para continuar?
Que Partido é este que reivindicou a paternidade da obra do enterramento da linha, em túnel (como alternativa à vala inicialmente sugerida), que teve até um seu alto dirigente local a insurgir-se contra a “perigosa” pretensão de prolongar a extensão do túnel, pois essa exigência poderia comprometer irremediavelmente a obra do século, que Partido é este, dizia eu, que então apoiou incondicionalmente esta obra e hoje afirma-se contra aquilo que sempre defendeu?
Que Partido é este que tanto se exasperou com o facto de estarmos quase uma década à espera de uma revisão do PDM, e agora, enquanto poder, propõe-nos uma nova suspensão para, pleonasticamente falando, rever a revisão? Que coerência é esta? Quanto mais tempo vamos ter de esperar?
Chega? Creio que sim!
Resta-me, contudo, uma derradeira questão: que Partido é este que, malgrado todos estes dislates e absurdos, e vá-se lá saber porquê, continua a ser profunda e arrebatadamente amado, suscitando mesmo entusiásticas paixões que perduram toda uma vida?
Estranho amor… este!

Opinião de Correia de Araújo
in “Defesa de Espinho” de 18/Fevereiro/2010



quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

A rasgar...

O empresário Belmiro de Azevedo sem papas na língua. A rasgar!
Entre nós, e por menos que isto - muito menos, aliás - houve quem se sentisse ofendido e tivesse rumado a tribunal para repor o seu "bom nome".

sábado, 16 de janeiro de 2010

Navegar... Navegar...

Calma! Calma que não é assim!
Ao fim de dez anos vem agora o Governo (este Governo) dizer-nos que a "Fundação Navegar" está ilegal (uma subtil nuance jurídica para... é ilegal).
Passaram-se dez anos, dez(!), e, de lá para cá, tivemos governos do PS, do PSD e outra vez do PS... e NADA!
Depois, e ainda numa outra vertente, acusa-se de desleixo a gestão autárquica anterior, mas, em boa verdade, pergunta-se: que culpa tiveram eles quando a própria RTP, como empresa pública, desconhecia que não tinha competências para instituir fundações?
Parece-me aqui, uma vez mais, que esta total inoperância, face ao presente, e uma evidente ausência de estratégia, para o futuro, têm conduzido a um sistemático recurso ao "passado" para justificar tudo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Um Casino, por favor!




“Um destino turístico constrói-se através de uma visão integrada e consistente que releve as potencialidades da oferta e que afirme a sua sustentabilidade através de adequadas políticas de dinamização e promoção.
Para o Porto, como destino turístico, é absolutamente essencial a existência de uma oferta diversificada e qualificada, no contexto da qual um casino se constitui como uma estrutura de grande expressão.
O funcionamento de um casino no Porto tem, igualmente, muita importância na revitalização da cultura e de alguns espaços mais representativos da cidade nesta matéria.
Assim, o Governo, na sequência da deliberação da Câmara Municipal… e de proposta que posteriormente lhe foi remetida, com o presente Decreto-Lei, aprovou a possibilidade de instalação no Porto de um Casino integrado na Zona de Jogo de Espinho, fixando os termos e contrapartidas do contrato a estabelecer com a concessionária.”


Sim, pode até parecer ficção… mas estes foram os precisos termos do comunicado do Conselho de Ministros de 20 de Dezembro de 2002, a propósito do Decreto-Lei que definiu as normas aplicáveis à extensão da zona de jogo do Estoril, com uma ligeira(?) alteração em relação ao texto original: onde se lê “Porto” lia-se então “Lisboa”; onde se lê “Zona de Jogo de Espinho” lia-se então “Zona de Jogo do Estoril”.
Pois é! Os pressupostos são os mesmos, a aplicabilidade prática vale para ambos os casos… mas só Lisboa teve direito à excepção e à consequente benesse ou favorecimento.
Alguns meses antes de estalar a polémica suscitada pela deslocalização da emblemática prova da Red Bull Air Race para Lisboa, já eu escrevia no blogue “A Baixa do Porto” sobre a importância de um Casino no Porto. De facto, sempre entendi estarmos num país a duas (três, quatro, cinco… sei lá) velocidades, com assimetrias, injustiças, arbitrariedades, desigualdades e desequilíbrios sobejamente gritantes, onde o Norte e, peculiarmente, o Porto, continuam subalternizados… quando não mesmo, ostracizados!
Ressuscitado e avivado o tema, por força da recente e referida polémica, vemo-nos embrulhados em explicações e mais explicações, com o presidente do Turismo de Portugal, Luís Patrão, a dizer-nos que "as comparações que têm vindo a ser feitas entre as verbas disponíveis para Lisboa e para o Porto ou Gaia têm misturado duas proveniências de verbas, iludindo a questão de que o município de Lisboa tem um casino e com isso tem acesso legal exclusivo a parte (grande parte, acrescento eu) das receitas daí provenientes".
Pronto, estamos elucidados! Era isso mesmo que queríamos ouvir, ou seja, o Porto precisa mesmo de um Casino! Venha ele já no próximo ano… um novo ano que se deseja feliz e próspero para todos. Porém, e apesar de tão ilustres esclarecimentos do presidente do Turismo de Portugal, vou entrar em 2010 permanecendo com algumas (pequenas) dúvidas: por que será que o Fantasporto, um ícone cultural considerado pelo próprio Turismo de Portugal como uma das 10 marcas mais prestigiadas em Portugal e “na qual vale a pena investir”, teve direito aos mesmos 50.000 euros atribuídos ao Campeonato Mundial de Jovens Pasteleiros (CMJP) realizado em Lisboa? Ou… por que razão o projecto de animação dos coretos de Lisboa, em 2008, mereceu o mesmo apoio que a primeira edição do evento Red Bull Air Race? Ou…
Enfim, dúvidas! Apenas dúvidas de somenos… típicas de um pacato cidadão pouco esclarecido sobre a importância dos eventos levados a cabo na Capital do Império !
Boas entradas!


Opinião de Correia de Araújo
in "Defesa de Espinho" de 31/Dezembro/2009

domingo, 10 de janeiro de 2010

Desculpas... e mais desculpas...


A notícia do Público sobre o atraso na abertura do novo edifício da Biblioteca Municipal de Espinho deixa perceber que o "passado" continua bem presente, isto é, sempre as mesmas desculpas: erros do passado cometidos pelo ex-presidente da autarquia.
Porém, lendo-se alguns comentários à notícia, particularmente os de Carlos A. Sarria, compreende-se que afinal não é tanto assim.
Por favor, pensem um pouco mais no presente... e preparem o futuro!

sábado, 2 de janeiro de 2010

Estado de graça...

O arranjo de passeios que se verifica um pouco por toda a cidade vem de trás, isto é, estava já planeado e havia começado ainda antes das últimas eleições autárquicas.
Na gestão anterior... muitos foram aqueles que criticaram a obra (oportunista, por ser próxima das eleições; terceiro-mundista, pela forma como estava a ser executada; etc, etc).
Agora, seria lógico e natural que outros prosseguissem com os seus lamentos por não ter existido o desejável bom senso de evitar essas mesmas obras nas artérias mais comerciais, particularmente numa época natalícia com evidentes transtornos e prejuízos para os comerciantes.
A isto se pode chamar "estar ainda em estado de graça"!

quinta-feira, 31 de dezembro de 2009

Virar a página...

Um Novo Ano... uma nova etapa... um virar de página no sentido de um futuro melhor!
FELIZ ANO NOVO!

domingo, 27 de dezembro de 2009

Sejam felizes...



Vasco Graça Moura escreve semanalmente no Diário de Notícias. Na crónica do passado dia 2 de Dezembro, intitulada “A porcaria”, pode ler-se: “É bem feito. O país votou nessa cambada. O país prefere a porcaria. Já está formatado para viver nela e com ela. Sirvam-se. Ponham-se a jeito. Besuntem-se.”
Descontando a truculência verbal, com a qual não me identifico, direi por isso que estou muito mais próximo do conteúdo do que da forma. Estas palavras – acintosas, brutais e impiedosas – aqui dirigidas ao país e ao resultado das últimas legislativas, podem, igualmente, aplicar-se a uma qualquer autarquia deste mesmo país, seja Porto, Lisboa, Aveiro, Évora ou até Espinho. Não se concordando com aqueles que dirigem o destino do nosso país, ou da nossa autarquia, podemos sempre discorrer este tipo de asserções.
É verdade que, na justa medida de Vasco Graça Moura, também eu sou um daqueles que acreditam que o-povo-nem-sempre-tem-razão-e-também-se-engana. Mais! Engana-se, deixa-se enganar e gosta de ser enganado! Ponto final!
Há pouco mais de um mês – mais coisa, menos coisa – pude ouvir um lamento, saído de um pequeno grupo de idosos, a propósito da não realização do Baile de S. Martinho (acabaria por se cumprir, tardiamente, este mês). Uma senhora lá ia dizendo que José Mota “como só ficava mais uma ano” já se estava a borrifar para as pessoas e nem fazia o habitual bailarico. Três ou quatro abanavam a cabeça, conformadas e em sinal de concordância, mas… helás!... eis que uma delas corrige a oradora: “…já não é o Mota, agora é o Pinto Ribeiro!” Fez-se um fugaz silêncio e logo outra retorquiu, emendando: “…não é Pinto Ribeiro, é Pinto Monteiro!”
Pronto! Agora já sou eu outra vez a falar (melhor, a escrever) para vos dizer que nestas coisas eleitorais (e não só!) o “povo” deixa-se ir, embalado, iludido, encantado… e não sabe, nem quer saber! Tanto lhe faz que o Presidente da Câmara seja um ou outro, muitas vezes nem sabe em quem votou e desconhece se fulano, sicrano e beltrano ainda continuam na Câmara. Nada disso importa!
Não! Não vou terminar com um “besuntem-se”, como VGM faz habitualmente nas suas crónicas, antes apetece-me dizer: SEJAM FELIZES!



Opinião de Correia de Araújo
in "Defesa de Espinho" de 17/Dezembro/2009


Um pouco por toda a parte...

Acontece um pouco por toda a parte. Afinal, isto não é exclusivo da Autarquia portuense!