segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Poder Económico vs Poder Político

 
Quando o poder económico se sobrepõe ao poder político está o caldo entornado, dirão uns!
Outros, porém, entendem que ambos podem conviver legítima e ordeiramente.
A meu ver há momentos em que a intervenção do poder económico é legitima, direi antes, está legitimada por razões que a justificam... uma pressão ali, outra acolá, penso que não será por aí que virá mal ao mundo.
Vem isto a propósito de um exercício mnemónico e de perspicácia política que sempre gosto de fazer em vésperas dos actos eleitorais autárquicos em Espinho. Esse exercício consiste em olhar atentamente para a primeira página do Jornal mais lido na nossa praça precisamente na semana que antecede o acto eleitoral... e assim é de 4 em 4 anos. Redobro atenções e, antenas no ar (salvo seja!), farejo (outra vez salvo seja!) o que de peculiar me chama a atenção.
Em 2001, por exemplo, esta notícia/entrevista na semana das eleições (foto) pôs literalmente os cabelos-em-pé a Luís Montenegro, cabeça-de-lista à Câmara Municipal pelo PSD, por entender, na altura, que havia claro favorecimento a José Mota.
Do mesmo se havia queixado, oito anos antes (em 1993, portanto), o candidato do PSD, Coronel Gaioso Vaz, porque a maior Entidade Empregadora do concelho tinha procedido a uma série de despedimentos colectivos por altura das eleições autárquicas, penalizando um PSD que, então no Governo, agonizava na recta final dum cavaquismo, para mim, de má-memória.
Parece, no entanto, que há 4 anos as razões de queixa se transferiram para o outro lado e, desta feita, foi o PS que se sentiu civilizadamente prejudicado.
Para este ano... a ver vamos! Estejam atentos!

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