segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Falar claro!

Não podemos deixar de mencionar, e até louvar, uma certa inflexão do PSD quanto aos seus princípios programáticos para as eleições autárquicas do próximo dia 11 de Outubro.
Anos a fio habituados a ouvir aquele discurso redondo, sem ponta por onde se lhe pegue, em que o caderno reivindicativo de obras e as viagens de José Mota ao Brasil eram as verdadeiras “estrelas da companhia”, eis que agora nos deparamos com uma proposta, importante, diga-se, centrada na necessidade de se promover e vender a marca “Espinho”.
Esta ideia da marca “Espinho” não é novidade. Já nos referimos a ela inúmeras vezes, em escritos diversos ou mesmo em recente entrevista concedida a um semanário local, e com isto não se pretende acusar ninguém de plágio, muito menos retirar mérito à proposta, até porque as ideias andam no ar e são de quem as apanhar, são livres e livremente devem circular.
Já não se entende é que o PSD tente passar esta ideia transformando-a simplesmente num chavão: vender a marca “Espinho”. É preciso ir ao âmago da questão para que se dissipem algumas dúvidas e se dê resposta a umas quantas perguntas. De que forma pensam fazê-lo? Em que circunstâncias? Com que instrumentos?
A não ser assim, estará o PSD uma vez mais a dar o flanco a quem se encontra do outro lado da trincheira que, muito simplesmente, poderá argumentar deste modo: pois é, mas a prioridade da Autarquia, ainda nos anos setenta e oitenta, foi, e bem, dotar o concelho de todas as infra-estruturas básicas (água, saneamento, etc); depois, seguiu-se o período das obras e dos equipamentos (Nave Polivalente, Complexo de Ténis, Multimeios, Pousada da Juventude, Face, Biblioteca Municipal, etc); por último, e só agora, estamos em condições de promover a marca “Espinho” que, para tanto, precisa dos ditos equipamentos para a realização dos grandes eventos que projectarão o nome do concelho aquém e além fronteiras.