sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Ambição, precisa-se!








Os espinhenses estão ainda a digerir os últimos resultados eleitorais autárquicos e as peripécias que se lhes seguiram. Estão também expectantes em relação ao futuro. Será melhor? Igual? Pior? A seu tempo se verá!

Numa primeira análise dir-se-á que não foi o PSD que ganhou as eleições, menos ainda o seu candidato à Câmara Municipal. O que aconteceu foi, isso sim, uma atitude de forte penalização do eleitorado em relação à desgastada figura política de José Mota, uma espécie de cartão vermelho mostrado ao mesmo. O Partido Socialista, esse, perdeu objectivamente por falta de comparência!

Não escondo que me sentia mais confortável se este resultado tivesse sido protagonizado por Luís Montenegro. Desde logo porque trabalhei com ele na vereação e (re)conheço-lhe a competência e a aptidão para o cargo. Depois, porque tenho de admitir que por duas vezes se bateu, esforçada mas ingloriamente, pela conquista da Câmara. Tremenda injustiça essa, a fazer lembrar quem trabalha toda uma vida e não consegue lograr aquilo que outros alcançam por um qualquer capricho da sorte… enfim, não há vencedores sem sorte!

Para já, e sem me pronunciar quanto ao mérito das decisões, dá para perceber que as primeiras medidas enunciadas deixam-nos apenas no patamar da estagnação e do passado. Assim, a prometida suspensão do processo de revisão do Plano Director Municipal tem como consequência… parar, retroceder, recuar. Por outro lado, uma auditoria financeira à Câmara mais não é do que vasculhar e remexer no passado. Por último, a questão da gestão dos equipamentos municipais e dos serviços, de um modo geral, inclui-se na categoria dos meros actos de gestão corrente. Nada de novo, portanto!... Claro que não falo de umas quantas patetices que se vão ouvindo por aí, como o “desenterramento” da via-férrea ou a redução para menos de metade do valor aplicado nos parcómetros.

Falando de coisas sérias… precisamos todos, urgentemente, de um novo discurso e de uma nova atitude. Uma outra praxis política que nos perspective um futuro melhor. Aguardemos o que o tempo nos dirá, esperando que esse mesmo tempo venha a “produzir” dirigentes autárquicos de reconhecido mérito.

Entretanto… ambição, precisa-se!


Opinião de Correia de Araújo
in "Defesa de Espinho" de 29/Outubro/2009




3 comentários:

Anónimo disse...

Parabéns!
Agora também já vamos poder escrever qualquer coisinha e interagir com o blogue.
Obrigada!

Anónimo disse...

Texto sucinto e muito bem a análise que faz.
Realmente pede-se mais qualquer coisa, até porque sem a tal ambição não vamos lá.
Não estou muito confiante quanto ao futuro de Espinho com esta nova equipa mas acho que se deve dar o benefício da dúvida.

Anónimo disse...

E a força Espinho, fica de que lado? Vamos ter as pazes?